
Esquerda tenta blindar Lula por ausência no 1º de Maio, crise do INSS e fracasso de reforma

Em meio a uma semana marcada por crise política e institucional, a esquerda decidiu adotar um tom de cautela e evitar críticas públicas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfrenta pressões pela ausência nos atos do 1º de Maio, o desgaste com o escândalo de fraudes no INSS e a recusa de um indicado ao Ministério das Comunicações.
O Palácio do Planalto entrou em modo de contenção de danos. A recusa do deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) ao convite para comandar o Ministério das Comunicações foi interpretada como um revés na tentativa do governo de ampliar apoio no Congresso.
Paralelamente, a operação da Polícia Federal que revelou um esquema bilionário de fraudes no INSS gerou desgaste adicional, atingindo aliados do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).
Segundo informações da Folha de S.Paulo, em meio às dificuldades, Lula decidiu não comparecer aos tradicionais atos do Dia do Trabalhador organizados por centrais sindicais em São Paulo. A decisão gerou desconforto nos bastidores, mas lideranças próximas ao presidente preferiram suavizar o episódio, evitando alimentar a crise.
Para aliados, Lula tem buscado preservar sua imagem pensando na reeleição em 2026 e tenta manter a estabilidade da base no Congresso, mesmo diante do custo político. Já sindicalistas ouvidos reservadamente apontaram que a ausência no ato evitou associação com sorteios de carros promovidos por centrais, o que poderia expor o presidente a novas críticas da oposição.