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Flávia Mota 16 de Março, 2025
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Manifestantes realizam ato em Vitória da Conquista e vereadora defende anistia para envolvidos no 8 de janeiro

Política
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Flávia Mota 16 de Março, 2025

Neste domingo (16), manifestantes se reuniram na Praça Guadalajara, conhecida popularmente como “Praça da Normal”, em Vitória da Conquista, para um ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e pela anistia aos envolvidos no suposto golpe, ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023. A manifestação transcorreu de forma pacífica e contou com a presença de pessoas de diversas idades.

Em entrevista exclusiva ao Se Ligue Bahia, a vereadora Lara Fernandes (Republicanos) abordou questões relacionadas aos julgamentos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e manifestou preocupação com a situação de alguns detidos.

Sobre o andamento dos processos, Fernandes afirmou que as decisões estão sendo tomadas “muito lentamente” e comparou os casos a outros crimes: “A gente vê crimes de assassinos, traficantes sendo julgados, então nossos patriotas vão lutar por liberdade e por um Brasil melhor”. A parlamentar alegou que muitos dos presentes no dia 8 de janeiro estavam no local sem intenção de cometer delitos e que alguns entraram nos edifícios para fugir de bombas de gás.

Fernandes também comentou a postura da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recentemente apresentou denúncia contra 43 indivíduos – incluindo Bolsonaro – que foram convocados a apresentar suas defesas no próximo dia 25 de março, dando início ao julgamento.

Ainda em relação aos manifestantes do dia 8 de janeiro, Lara argumenta que as penas aplicadas são “muito duras” e defende que as punições sejam proporcionais aos atos cometidos. “Quem danificou o patrimônio tem que ser julgado e condenado, mas de acordo com o crime”, pontuou.

A vereadora também criticou a decisão do STF de exigir dos acusados a comprovação de inocência. Segundo o artigo 156 do Código de Processo Penal, atualizado pela Lei nº 11.690/08, foi mantido o princípio de que “o ônus da prova cabe a quem faz a alegação”.

“Eles estão prendendo e aplicando penas de 17 anos, coisa que não estão aplicando nem para estupradores ou traficantes”, afirmou.

Sobre a principal pauta defendida na manifestação, Fernandes reforçou o pedido de julgamento justo para os presos e defendeu a anistia aos envolvidos. “Se trata de crime político. A gente viu, há 40 anos, pedidos de anistia para presos da ditadura, e hoje essas mesmas pessoas gritam ‘sem anistia’. Que contradição é essa?”, questionou.