“Opção de romper com o governo”, diz líder do PT sobre deputados que apoiam a anistia

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou os parlamentares da base aliada do governo que assinaram o pedido de urgência para o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para o petista, os deputados que apoiaram a proposta romperam com o governo Lula (PT).

“Não é o governo que está retaliando, é o deputado que está fazendo opção de romper com o governo. Não é razoável o governo aceitar alguém que queira anistiar quem tentou matar o Lula”, afirmou Lindbergh ao acusar os deputados de “oportunismo”, afirmou Lindbergh em entrevista à Andréia Sadi.

A proposta de urgência tem recebido apoio majoritário de partidos com ministérios e cargos no governo federal, como União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos — somando mais da metade das assinaturas necessárias. Só o União Brasil respondeu por 37 assinaturas.

Lindbergh classificou o apoio à proposta como “oportunismo político” e cobrou reação do Planalto. “Isso não muda rigorosamente nada. Eles estão dando como fato que conseguir as assinaturas, significa que o projeto será pautado. Isso é falso. Sabe quantos projetos têm aqui [na Câmara] com assinaturas para requerimento de urgências? 2.245. Agora, temos 2.246″, afirmou o líder do PT na Câmara”, afirmou o líder do PT na Câmara. 

Apesar da articulação da oposição, o petista minimizou o impacto imediato da iniciativa. Segundo ele, o protocolo do requerimento não garante a votação do projeto. “Estou convencido de que o Hugo Mota (Republicanos-PB) não vai colocar este projeto para votar. Tem muita gente que vai entrar com requerimento de retirada de assinatura”, afirmou.